Exercício físico e sua relação com o sistema imune
A prática regular de exercícios físicos está associada a uma melhora da função imunológica em seres humanos, otimizando as defesas do organismo diante de agentes infecciosos. Em geral, períodos prolongados de treinamento intensivo podem deprimir (diminuir) a imunidade, enquanto exercícios regulares e de intensidade moderada são benéficos. E como a duração e a intensidade dos exercícios provocam essas diferentes alterações neste sistema?
O exercício físico moderado (menor que 60% do VO2máx) – VO2máx é a maior capacidade de oxigênio que uma pessoa consegue utilizar enquanto faz um exercício – pode estar relacionado com a melhora da resposta imune por aumento nas concentrações de glutamina. A glutamina é um aminoácido (molécula) que atua como combustível para o sistema imune e é produzida pelo nosso próprio organismo.
Entretanto, exercícios de alta intensidade e longa duração (maior que 65% do VO2máx) e treinamento excessivo parecem diminuir as respostas imunes pois a glutamina passa a ser convertida em energia para manter esses exercícios, deixando então de atuar junto ao sistema imunológico.
Mas a realização de exercícios físicos de intensidade moderada, ainda atuam em outras células do nosso organismo, melhorando a funcionalidade principalmente das células de defesa específicas. Assim, o nosso sistema imune se torna mais eficiente.
O ideal, portanto, é realizar a prática regular de exercícios físicos, pois ela está associada a uma melhora da função imunológica otimizando as defesas do organismo diante de agentes infecciosos. Por isso é importante manter-se ativo.
As pessoas fisicamente ativas têm menor chance de apresentar diversas doenças, como diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares. E além de caráter preventivo, o exercício físico também é uma importante ferramenta no tratamento
e controle destas doenças citadas.
E em época de pandemia (uma pandemia é uma rápida disseminação de doença infecciosa que se espalha numa grande região como, por exemplo, um continente), pacientes descompensados são ainda mais suscetíveis às complicações e agravamentos da infecção pelo COVID-19. Os idosos são uma população com maior probabilidade de portarem as já mencionadas patologias, tornando-os um grupo de risco merecedor de atenção especial.
Portanto, pessoas ativas, especialmente os idosos, devem ser incentivados a tentar manter seus exercícios físicos, mesmo que sejam necessárias algumas adaptações quanto a locais de prática ou contatos pessoais, procurando sempre prestar atenção às orientações dos órgãos oficiais de saúde (Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial de Saúde – OMS).